O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) oferece ensino, pesquisa e atendimento especializado gratuito em Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Pediatria na Região Norte.
O Atlas Brasileiro Online de Doenças Raras é um serviço da Rede Nacional de Doenças Raras. Ele foi criado para disseminar informações sobre epidemiologia, quadro clínico, recursos diagnósticos e terapêuticos usados, e custos relacionados a doenças raras de origem genética e não genética no Brasil.
As doenças raras podem ser definidas como aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. No Brasil, estima-se que cerca de treze milhões de pessoas possuem alguma doença rara.
Após coletar, armazenar, processar e analisar os dados provenientes do projeto Rede Nacional de Doenças Raras, produzimos e publicamos estudos científicos para revistas e conferências científicas nacionais e internacionais.
Portanto, bem-vindo(a) a nossa lista de publicações. Essas publicações científicas representam um esforço contínuo para o entendimento e a explicação de fenômenos na área das doenças raras.
Esses esforços visam fornecer subsídios úteis e relevantes para a tomada de decisão baseadas em evidências no campo das doenças raras. Corroborando assim para o cumprimento dos objetivos gerais e específicos deste projeto.
Rede nAcional de Doenças raRAS (RARAS): uma panorama geral sobre Doenças Raras no Brasil
Mariana Lopes Dos Santos, Júlia Cordeiro Milke, Lorenzo Longo Makariewicz, Amanda Maria Schmidt, Victória Machado Scheibe, Milena Artifon, Bibiana Mello de Oliveira, Têmis Maria Félix
Introdução: No Brasil, o Ministério da Saúde define doença rara (DR) usando o critério da Organização Mundial de Saúde, ou seja, 1,3 a cada 2000 indivíduos ou 65 a cada 100.000 indivíduos. A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras (PNAIPDR), instituída em 2014 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tem como objetivo de contribuir para a redução da morbimortalidade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno, redução de incapacidade e cuidados paliativos. Entretanto, os dados epidemiológicos são escassos e quando disponíveis, eles se restringem a doenças específicas. Objetivos: Constituir uma rede de representatividade nacional com os centros que atendem indivíduos com DR, realizar um inquérito acerca da epidemiologia, quadro clínico, recursos diagnósticos e terapêuticos empregados e custos em indivíduos com doenças raras de origem genética e não genética no Brasil. Métodos: Estudo de censo populacional com coleta de dados públicos do DATASUS ambispectivos (retrospectivos e prospectivos) utilizando um protocolo padrão com dados sociodemográficos, aspectos clínicos e diagnósticos, acoplados a uma proposta de inovação, a criação de uma rede de serviços envolvendo Hospitais Universitários (HUs), Serviços de Referência em Triagem Neonatal (SRTNs) e Serviços de Referência em Doenças Raras (SRDRs) em todo o território nacional. Observações: A Rede RARAS foi estabelecida contando com 17 SRDRs, 18 HUs e 5 SRTNs distribuídos em todas as regiões do Brasil. Um protocolo padrão de coleta de dados foi elaborado. Estudo piloto com 4 instituições foi realizado em janeiro de 2021 e os dados validados. Coleta de dados retrospectivos de casos atendidos nos centros em 2018-2019 está em andamento. Até o momento cerca de 3000 casos foram incluídos. Considerações: O estudo epidemiológico poderá impactar na política de saúde de Doenças Raras permitindo ampliação do acesso à informação, melhor alocação de recursos, melhora na qualidade de vida dos pacientes e na organização de serviços especializados para o atendimento de indivíduos com DR no Brasil.
Classificação das doenças raras: comparação entre as ontologias CID-10 e ORPHA
Amanda Maria Schmidt, Mariane Barros Neiva, Victória Machado Scheibe, Júlia Cordeiro Milke, Mariana Lopes Dos Santos, Lorenzo Longo Makariewicz, Bibiana Mello de Oliveira, Milena Artifon, Têmis Maria Félix
Introdução: As Doenças Raras (DR) acometem até 65 pessoas a cada 100.000 habitantes, segundo a Organização Mundial de Saúde. Apesar de individualmente raras, integram aproximadamente sete mil doenças. No Brasil, são cerca de 13 milhões de pacientes que precisam de atenção e tratamento adequados, em geral providos pelo Sistema Único de Saúde. Desde a instituição da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com DR (portaria 199/2014), o Ministério da Saúde (MS) tem investido em políticas que uniformizam o atendimento, monitoramento e tratamento destes pacientes. De acordo com esta portaria, as DR são classificadas de acordo com o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças). A Rede Nacional de Doenças Raras identificou que a classificação utilizada agrupa muitas doenças no mesmo código (CID), dificultando a classificação e o registro de DR. Objetivos: Comparar o uso do CID-10 ao código ORPHA, uma ontologia desenvolvida para a classificação de DR. Metodologia: Utilizou-se a lista de CID-10 referentes a DR determinada pelo MS e foi exportado do Orphanet a relação de doenças com CID-10 relacionados. Por meio de um cruzamento de dados via linguagem Python, determinou-se a relação de ORPHA e CID-10. Resultados: A lista de DR fornecida pelo MS conta com 270 CID-10, sendo que 113 (41,85%) não apresentam código ORPHA e apenas 40 (14,81%) estão associados a este código. Com o cruzamento de dados, observa-se que, apesar das classificações serem feitas pelo CID-10 no MS, o número ORPHA classifica as doenças com mais detalhes e de forma mais compartimentada, já que 117 DR (43,33%) estão associadas a 2600 DR no código ORPHA. Como exemplo, o CID Q87.8 [outras síndromes com malformações congênitas (MC) não especificadas] está relacionado a 422 doenças no código ORPHA; e o CID Q87.0 (síndromes com MC afetando predominantemente o aspecto da face) está associado a 131 códigos ORPHA. Conclusões: O CID é um identificador generalista devido a sua natureza mono-hierárquica. Desta forma, a classificação utilizada pelo MS para DR dificulta o reconhecimento correto das mesmas, já que muitas ficam agrupadas em um único código. É importante que as DR recebam uma classificação adequada, pois tais indicadores poderão contribuir para o reconhecimento da epidemiologia e determinar a alocação de recursos humanos, terapêuticos e diagnósticos no campo das DR.
Gabriela Roldão Correia Costa, Josep Jorente, Larissa Bretanha Pontes, Nilma Lúcia Viguetti Campos, Antonia Paula Marques-de-Faria, Társis Paiva Vieira, Carlos Eduardo Steiner
Introduction: The dual diagnosis of Down syndrome and Turner syndrome in the same patient was clinically identified in the early 1950s before the development of karyotyping techniques. After that, several authors reported anecdotal patients and/or reviewed series of Down-Turner double aneuploidies due to a regular 46,X,+21 constitution or different combinations of abnormal cell lines. In such cases, the most typical presentation encompasses the female sex, Down syndrome phenotype, and chromosomal mosaicism. Case Presentation: Here we report a female patient presenting with short stature, dysmorphic features, developmental delay, and learning disabilities, whose karyotype revealed a previously undescribed 45,X[47]/48,XXX,+21[3] constitution. Conclusion: This is the first case encompassing these three aneuploidies together and, contrary to most previous reports, exhibiting a predominantly Turner syndrome phenotype associated with developmental delay.
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